26.6.15
Piquenique na Casa do Lago e uma sangria de frutos tropicais
O Verão chegou finalmente. Anunciou-se, recuou um pouco, mostrou-se novamente e veio para ficar. Mais difícil é encarar os dias quentes na cidade a trabalhar, com as férias ainda num horizonte longínquo. Panaceia para desejos de tardes longas e mergulhos infindáveis é encontrar recantos escondidos entre árvores e edifícios com história como o Palácio Valle Flor. No Pestana Palace não se sente o rebuliço de uma Lisboa que não pára, com jardins a chamarem pelos mais sequiosos de sossego.
Do caminho por entre as sebes vislumbra-se a casa ao fundo do empedrado. As paredes vermelhas prendem o olhar, emolduradas por palmeiras e pelas muitas flores em volta que por estes dias se pintam de cores vibrantes. Há música no ar e uma descontração que é bem-vinda. Ao cimo das escadas, de portas abertas os jardins continuam para além da Casa do Lago, com a piscina ali ao lado e mesas postas no varandim, com o churrasco de Verão em plena preparação. O convite é para um piquenique chique, com almofadas e uma manta sobre a relva ou uma mesa confortável com vista para a água, que pede ainda antes da refeição uns quantos mergulhos.
Pratos de porcelana, guardanapos de pano e flutes. É uma ideia de piquenique sofisticada que pode ser encontrada aos sábados na Casa do Lago. Para quem como eu não perde uma oportunidade para se sentar no chão, cruzar as pernas e ficar à conversa enquanto a sombra durar é a promessa de um sábado feliz. O cesto com flores e jornais ali ao lado tem fruta, baguettes e croissants e a companhia de compotas e queijos. Mas a minha mente está nas mesas coloridas e repletas de sushi, saladas, wraps e outras tentações, para não falar das sobremesas, entre as quais se conta o delicoso mil-folhas de pastel de nata do chef pâtissier Francisco Paiva.
Da mesa do sushi e dos crus, com ceviches, carpaccios e tártaros por companhia, trago exemplares de espadarte e salmão fumado pela equipa e que o chef do Sushi & Crudo Bar prepara na presença dos fãs deste tipo de comidas, em que me incluo. De pauzinhos em riste, é nas almofadas e à sombra das grandes árvores do jardim que chega uma sangria de frutos tropicais que me rouba o coração. São as cores da fruta, entre a doçura e a acidez que fazem desta a bebida mais que perfeita para a ocasião.
A vontade de replicar esta sangria em casa há-de ficar em pensamentos que cedo obrigam a que tal aconteça. Kiwi, maracujá, abacaxi e uma mão cheia de morangos pequeninos para que o contraste de cor seja ainda mais evidente. A escolha dos frutos tropicais, do champanhe e da hortelã é a combinação certa para enfrentar o calor e receber o fim-de-semana com um sorriso nos lábios e um copo na mão.
Sangria de champanhe e frutos tropicais
rende cerca de 1,5 l
1 garrafa de champanhe (usei um bruto, Henri de Verlaine, da Makro)
400 ml água com gás, fresca
2 maracujás, sementes e sumo
6 morangos pequenos, cortados ao meio
1 fatia de abacaxi, em pedaços
1 kiwi, fatiado
12 folhas de hortelã
2 colheres (sopa) açúcar amarelo
Coloque todos os frutos num jarro. Junte o açúcar e a hortelã. Mexa e deixe macerar ligeirmante (mínimo 30 minutos). Deite o champanhe e a água com gás. Sirva com uma colher e gelo (opcional).
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Pestana Palace, Hotel & National Monument
Rua Jau, 54
(Alcântara)
Lisboa