
Hábitos e rotinas de largos anos são difíceis de alterar. O pequeno-almoço é uma das mais importantes refeições do dia e cá em casa é coisa levada muito a sério, com mesa posta de véspera e tempo extra para nos sentarmos a comer. Horários, vontades ou simples preguiça são pretexto para as imprescindíveis torradas, queijo e compota que acompanham o café da manhã desde sempre. Nos últimos anos fizemos da fruta indispensável no começo de todos os dias, com a estação a ditar se comemos morangos ou maçãs, kiwis ou pêras.
Não fosse a curiosidade e o desejo permanente de experimentar novas possibilidades e havia sossego por aqui. Assim, lá se vão introduzindo mudanças aqui e ali na procura do que nos preenche o estômago e a alma para dias longos de trabalho ou lazer.


E se fizéssemos arroz doce preto? Habituado a décadas de perguntas como esta, a minha cara metade não vacila. Como de costume, abuso da boa vontade de quem raramente recusa experimentar coisas novas. Podia ser o nosso pequeno-almoço, com manga? Nariz torcido e ar abnegado, lá aceita trocar os pratos rasos por taças e as facas por colheres. Solarengo na cor e cremoso q.b. este arroz bonito foi luz maior para entrar no novo horário e aceitar os dias com menos horas de sol. E se não garantimos comê-lo todas as semanas, pode voltar à nossa mesa sempre que queira.
São servidos?
