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4.9.19

{ Verão na Cidade } Petiscar à grande e à japonesa no Miss Jappa

Miss Jappa, Lisboa

Ainda há Verão para celebrar e a cidade oferece tardes longas e noites (quase) tropicais a quem se quiser aventurar. A promessa de viver Lisboa e o tempo quente como se não houvesse um amanhã de trabalho ajuda a voltar às rotinas. Como por magia, seguimos para parte incerta algures no Japão assim que entramos no Miss Jappa para um final de tarde de conversa e petiscos.

As boas-vindas escondem-se num "quantos-queres" de ervilhas com wasabi ou hóstias de camarão, num mix de snacks japoneses. Na mão, para enfrentar temperaturas inclementes, uma Sparkling Lemonade com manjericão e pepino para dar início à conversa. A passagem de testemunho da chef Anna Lins para o sempre seguro chef Rui Santos, é feita com pratos leves e a vontade de manter um trabalho em comum construído ao longo do tempo que dará à chef mais tempo para o projecto Go Natural e a Rui Santos a responsabilidade e o desafio de comandar os destinos de Miss Jappa a partir da estação estival.

Miss Jappa, Lisboa
Miss Jappa, Lisboa

Um conjunto de pratos vindos do street food japonês convida a momentos de lazer à boleia de um cocktail. É o que fazemos, a começar com uma versão bonita de Salada de kinuta saída do sushi bar e que combina 3 peixes e molho de sésamo em rolinhos coloridos onde a quinoa assume o papel principal. É fresco e saboroso e tem tudo o que se pede quando os termómetros passam os 30ºC. Mas a salada encontra competição à altura em sabor e frescura no Espadarte em crosta, com salada de batata e maiowasabi que se partilha a contragosto com a companhia. Serve de consolação o saké que vem servido em pequenos copinhos e desafia os sentidos para uma experiência nova.

Está para chegar o prato mais divertido, que mexe à medida que é transportado para a mesa e fixa a atenção de todos. Chama-se Okonomiyaki e já ganhou lugar de destaque no coração e no estômago de quem tem novo favorito nesta panqueca de couve na chapa com camarão, maionese de tonkatsu e lascas de atum seco. É o prato do momento e promete ser escolhido uma e outra vez. Ou haverá nova surpresa no horizonte?

Miss Jappa, Lisboa
Miss Jappa, Lisboa

30.7.18

{ Verão na Cidade } Ceviches, causas e muita quinoa no Segundo Muelle

Segundo Muelle, Lisboa

Chega o verão e a cidade grande perde parte dos seus habitantes que rumam ao Sul. Dos encantos de quem tem Lisboa (quase) só para si ressalva-se a possibilidade de viajar no prato e ir conhecer restaurantes com sabores e aromas de outras paragens. Para inaugurar o Verão na Cidade deste ano o primeiro destino é o Perú e é no Segundo Muelle que a cozinha andina nos recebe de braços abertos.

Com o Cais do Sodré ali próximo e o rio por companhia, o restaurante que ocupa a esquina do edifício em frente ao jardim promete levar-nos até ao Pacífico. Se os ceviches se tornaram bandeira da cozinha peruana, aqui também há causas e todos os sabores da comida serrana, à boleia do ingrediente estrela que é a quinoa. E porque não há refeição completa sem um Pisco Sour, o bar ao fundo do restaurante faz magia em copos coloridos para nos manter felizes com as versões especiais de maracujá ou frutos vermelhos.

Segundo Muelle, Lisboa
Segundo Muelle, Lisboa

Tracemos então o plano da nossa viagem. Qualquer visita ao Segundo Muelle não deve fazer-se sem o afamado Cebiche Nikkei, onde cubos de atum e abacate são temperados com os sabores de fusão que caracterizam as influências nipónicas, numa harmonização com o milho peruano e ervilhas-tortas em juliana fina. A viagem pode continuar-se por pratos menos conhecidos e igualmente surpreendentes: aposta certa para quem gosta de texturas suaves é a causa de camarones, feita de puré de batata em camadas, com lima e malagueta e recheada com camarão. Para finalizar em pleno, é recomendável experimentar ainda o Risotto de quinua con lomo saltado. Das sobremesas escolha-se o Suspiro a la Limeña e haja o que houver não é possível partir sem provar a Mousse de Lucuma.

Com o itinerário decidido e prontos para a descoberta, é tempo de apreciar o couvert. Servidas num cesto, as bonitas Chifles são chips de banana pão acompanhadas com um molho picante de Aji Amarillo e pequenos grãos de milho Cancha.

Vamos até ao Perú?

Segundo Muelle, Lisboa
Segundo Muelle, Lisboa

25.8.17

{ Verão na Cidade } Um piquenique no hotel mais bonito de Lisboa

Chicnic, Pestana Palace

Quando as férias nos escapam por entre os dedos, é possível encontrar na cidade lugares onde o bulício da vida de todos os dias não entra. O fim-de-semana chega e com ele a vontade de aproveitar cada segundo ao ar livre, rodeados de verde e comida boa. O piquenique do Pestana Palace é um convite à preguiça e às tardes longas na relva, para ficar à conversa ou na companhia de um livro, sempre com um copo na mão.

Há flores no caminho que conduz à Casa do Lago. É com felicidade que reencontro a sangria de frutos tropicais assim que lá chego. Cestos de piquenique prontos e toalhas estendidas, está tudo preparado para uma refeição descontraída. Sentados no chão lá vamos pondo em dia tudo o que guardado na memória tinha ficado por contar, enquanto cada um pensa no que mais lhe apetece comer: gaspacho, sushi e um tártaro são a minha opção para começar. Mas há para todos os gostos e dietas alimentares e ninguém sai de prato vazio.

Chicnic, Pestana Palace Chicnic, Pestana Palace Chicnic, Pestana Palace

8.8.17

{ Verão na Cidade } O mundo inteiro cabe no Populi

Almoçar em Lisboa, Populi

Se eu não morasse em Lisboa, queria muito poder vir aqui e esquecer-me do tempo ali junto ao rio. Nem que seja por um momento o relógio perde serventia quando me sento na esplanada do Populi, com o Terreiro do Paço nas costas e o Tejo a meus pés. No coração da cidade, na praça que serviu de porta de entrada à cidade quando os barcos chegavam ao cais da colunas, vive-se o burburinho de um dia de semana. Inquietos, os habitantes apressam o passo não vá a hora de almoço passar rápido demais, enquanto os visitantes se demoram nos pormenores e se encantam com tudo e com nada.

Chego e há uma calma aparente no restaurante. Toda a acção está cá fora e não tardo em encontrar o meu lugar já os petiscos se fazem à mesa. Indecisa entre a Amêijoa da Ria Formosa à Bulhão Pato ou o Camarão servido na mais bonita frigideira resolvo provar os dois. São as memórias a fazer das suas e mesmo depois de provar continuo sem me decidir. Mas a carta está cheia de pratos que me deixam curiosa. Sushi de novilho?

Lisboa, Terreiro do Paço, downunder Almoçar em Lisboa, Populi Almoçar em Lisboa, Populi Almoçar em Lisboa, Populi

5.7.17

{ Verão na Cidade } Os hambúrgueres do Mouzinho

Mouzinho, Lisboa

Ficar em Lisboa no Verão, quando meio mundo ruma a sul e outros tantos voam para paragens longínquas, é das minhas coisas favoritas. Vou dizer baixinho para não incomodar quem já faz as malas e os que suspiram por ainda não poder fazê-las. É nestes meses que faço da cidade chão para todas as explorações, saindo das zonas mais turísticas e vivendo as novas descobertas como se Lisboa fosse só minha. Em Julho e Agosto, todas as semanas, partilho convosco um restaurante para apreciar entre férias ou quando o espírito da estação pede para sair à rua mesmo em dias de semana. É uma espécie de guia de Verão na Cidade, versão 2017.

Hoje falo do Mouzinho. O nome ganho da rua onde fica (Mouzinho da Silveira) faz de nós quase vizinhos e o conceito, que coloca os hambúrgueres no centro das atenções, traz uma proposta que se demarca das demais. Parte do Turim Marquês Hotel, o Mouzinho é um restaurante de corpo inteiro pois longe vai o tempo em que fazer parte de uma unidade hoteleira era garantia de comida sem sabor. É da mão do chef Hugo Ambrósio que saem hambúrgueres diferentes servidos num ambiente cuidado, acompanhados por cocktails bonitos, com e sem álcool, saídos do bar de serviço impecável ali ao lado.

Mouzinho, Lisboa Mouzinho, Lisboa

Com porta para a rua e uma sala aberta à luz da cidade, este é um restaurante para apreciar novas formas de ver a carne e o peixe em formato burger com combinações muito curiosas. Desde o rústico, com feijão e morcela, ovo e cogumelos, ao hambúrguer de queijo da Serra, bacon e cebola caramelizada com Porto, a piscar o olho às noites mais frias até ao de picanha, com feijão preto, linguiça e ananás assado, a convidar aos sabores brasileiros. Cada um muito diferente dos outros, todos na companhia da incontornável batata frita que também pode ser doce e foi a minha bem sucedida escolha. A estrela da noite foi, contudo, um sedoso hambúrger de salmão, com ovo escalfado e molho inglês, pontuado com tomate desidratado e a lembrar os predilectos ovos benedict. Presa pelo estômago, afogo o nariz nos aromas do sumo de laranja e manga com baunilha a que volto de quando em vez em lembranças de excelente memória. Fico certa de poder comer este hambúrger e beber este sumo a qualquer das refeições do dia, com garantia de conforto imediato.

Por fim, mas não menos importante, as sobremesas. Os gulosos veêm satisfeitos os seus desejos em doses correctas de um interessante cheesecake de queijo de cabra ou na riqueza do brownie com gelado, ambos servidos a partir do carrinho de sobremesas que finda a parte salgada da refeição se faz à sala. Garfadas pequenas para saborear o doce com os olhos postos na cidade que passa lá fora e logo nos acolhe, mais uns apaixonados por Lisboa, a caminho de casa na mais perfeita noite de Verão.

Mouzinho, Lisboa Mouzinho, Lisboa

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Mouzinho Restaurant & Bar
Turim Marquês Hotel, Rua Mouzinho da SIlveira, 26,
Lisboa