7.12.12
Livros favoritos de 2012
Sou todos os livros que li, todas as pessoas que conheci, todos os lugares que visitei, todas as pessoas que amei, como Jorge Luís Borges disse um dia. Não sou nada nem ninguém sem palavras escritas. Sou muito menos feliz sem os meus livros. São quase sempre escolhas do coração, raramente da razão. Uns são esperados com ansiedade, outros encontram-me por acaso. Alguns chegam carregados por mãos queridas e representam mais do que as palavras dizem. Outros atravessam-se (literalmente) pelo caminho.
Os livros são companhia. São silêncio no meio do vazio. São luz em dias claros. São uma extensão do braço, ao alcance de um olhar. Agarra-se o mundo através deles e, contudo, um livro é sempre uma mão cheia de nada. Que só se preenche se quem lê fizer a sua parte. É nesses espaços em branco que se escreve também parte do texto. Aquele que há-de ser final, assim o leitor queira.
Das histórias que estes livros contam, ficam os meus favoritos do ano. Nem todos foram editados em 2012. Une-os a escolha de uma vontade própria, intransmissível e um nadinha emocionada.
Como nos anos transactos, os meus livros favoritos do ano são um conjunto heterogéneo de obras que me foram chegando às mãos nos últimos 12 meses e que por uma ou outra razão me conquistaram. São (de cima para baixo na fotografia, em cima):
1) Terras de Grandes Barrigas Onde só há Gente Gorda, de J. M. Monarca Pinheiro
2) Food from plenty, de Diana Henry
3) Kitchen Diaries II, de Nigel Slater
4) The Little Paris Kitchen, de Rachel Khoo
5) Mourad: New Moroccan, de Mourad Lahlou
6) La Tartine Gourmande, de Béatrice Peltre
Como sempre, vou publicando nos dias que se seguem uma receita de cada livro e as razões da minha escolha. Adivinham qual é o eleito do ano?