4.12.12
Salada morna de alcachofras de Jerusalém
Dos confins da terra para o prato. Quem és tu? Enrugada e estranha, com nuances de rosa e castanho. Uma beleza alternativa. Chamam-lhe muitas coisas. Tupinambo. Alcachofra de Jerusalém. Quando um nome pode encerrar mil promessas e muito mistério. A que sabes tu? Entre uma alcachofra (daí o nome) e nozes torradas, com um toque de doce.
Salteadas na frigideira, em sopa ou cruas em salada. Fica a vontade que sejam, ao almoço, acompanhamento para umas almôndegas de perú, limão e tomilho e uns restos de couve. São elas a estrela do prato.
Decido fazer as primeiras alcachofras de Jerusalém do ano com bacon e alho e uns salpicos de salsa. Começa por ser só um acompanhamento. Demasiado como tal, sugiro como salada morna e refeição, talvez a par com rúcula ou agrião. Há-de ser para a próxima.
Assim elas apareçam de novo. Como o sol de Inverno.
Salada morna de alcachofras de Jerusalém
Adaptado ligeiramente de uma receita de Nigel Slater, Tender
serve 2, como refeição
450 g alcachofras de Jerusalém
1 colher (sopa) azeite
150 g bacon, cortado em cubos
1 dente de alho, picadinho
1 colher (sopa) sumo de limão
raspa de limão
1 colher (sopa) salsa picada
Raspe as alcachofras de Jerusalém com uma faca. Corte ao meio e coloque em água fria com sumo de limão. Coza as alcachofras ao vapor por 5-7 minutos.
Coloque o azeite e o bacon numa frigideira. Deixe cozinhar até obter cubinhos estaladiços. Junte o alho picado e as alcachofras. Tempere com sal e pimenta preta e raspa de limão. Cozinhe 2-3 minutos, até envolver todos os ingredientes.
Sirva polvilhado com salsa e uma rodela de limão.
nota: comprei as alcachofras de Jerusalém no supermercado Brio. Podem ser encontradas também no mercado biológico do Princípe Real, em Lisboa.