Uma pequena chávena de porcelana que contém um líquido escuro protegido por uma camada de creme é promessa de conforto e partilha. Nela está contida uma experiência sensorial que sintetiza a identidade gastronómica de uma civilização. Mas de onde vem o nosso café e qual o impacto desta tradição?
A produção e comercialização de café tem uma pegada ecológica grande, o que faz deste um dos produtos alimentares menos sustentáveis. Escolher criteriosamente o café que se bebe é um imperativo para o consumidor consciente. Questões em torno da forma como o café foi cultivado, um retorno económico justo para os agricultores e a promoção de ambientes saudáveis para os trabalhadores estão no centro de qualquer discussão sobre sustentabilidade.
Alguns projectos têm sido pioneiros na implementação de melhor qualidade de condições e na criação de relações onde impere a justiça entre as partes, da produção ao consumo. A existência de uma certificação garante que o café é rastreável, o que permite ao consumidor saber de onde vem o seu café, por quem foi produzido e em que condições.
La Reserva de Tierra Cuba da Lavazza é um exemplo de café totalmente rastreável e que resulta de um projecto da Fundação Lavazza que pretende valorizar o contexto ambiental, melhorar as práticas agrícolas, proteger a biodiversidade, implementar políticas de integração das mulheres e de gerações mais jovens e estabelecer uma cadeia de abastecimento mais curta.
A tecnologia blockchain permite consultar todas as ligações e rastrear cada chávena através de um QR code, que apresenta toda a informação. Trata-se de um café destinado ao canal Horeca e que se encontra disponível em restauração e hotelaria. O perfil do café é um blend de Arábica e Robusta (em parte lavada e fermentada) que resulta num expresso equilibrado, com notas doces e aromas de especiarias e chocolate e um aftertaste vínico.