29.12.11
O que por aqui se comeu em 2011 ou um ano em imagens
Olhar para trás é uma coisa boa. É uma maneira de organizar o registo do quotidiano e garantir que o essencial não se perde e pode ser reinventado à medida dos desejos futuros. Porque a memória arruma à sua maneira e envolve em bruma os dias passados, é preciso marcar com uma cruz invisível o que quero que perdure mais ou menos inviolável. Na verdade trata-se de um capricho. Uma vontade condenada ao insucesso. E eu sei. Mas o gozo do desafio e o caminho a percorrer são suficientes mesmo quando se sabe que nunca se chegará. É que o que verdadeiramente importa é ir olhando para os lados e fazer o melhor com cada passo dado. Perdão, com cada prato provado!
Entre uma sopa de alho francês e curgete e a vontade de sabores longínguos em embrulhos de massa filo com feta e mel fica um pão brioche recheado partilhado com amigos. Um chamamento da Primavera em tons de frutos vermelhos com chocolate branco e menta e um molho de espargos que faz sonhar com maionese de limão para um prato de peixe. O conforto de uma salada morna de curgete e queijo halloumi ou uma tarte de tomate, curgetes e ricotta para dias felizes. Juntar a família em volta de uma cataplana de peixe e camarão e dizer adeus ao Verão. É partir um bolo de aniversário feito de cenoura e avelãs. Receber o Outono com tigelas de sopa de cebola gratinada e um tacho de chili con carne. Ou aquecer o Inverno com risotto de beterraba e queijo de cabra. Uma mesa cheia. Assim se despede 2011. Que venha o ano novo.
Ficam desejos de um excelente 2012. Tchim-tchim!